Neste post mostro como é a visita ao Parque Nacional do Grand Canyon – South Rim para um dia inteiro de passeio, com detalhes de onde nos hospedamos, como chegamos, a infraestrutura do parque, opções de transporte e rotas de ônibus, mirantes… enfim, tudo o que você precisa saber para planejar sua viagem e aproveitar ao máximo sua visita. E como sempre fazemos, vamos mostrar muitas fotos deste lugar sensacional!!
Chegando ao Visitor Center do Grand Canyon National Park, existem dois “lados” no parque para explorar:
- Para o “lado direito” fica a desert view drive, são aproximadamente 40km de estrada recheada de mirantes, até chegar no o último deles, o desert view. Nessa estrada não circulam os ônibus gratuitos do parque;
- Para o “lado esquerdo” ficam os hotéis do parque e a Hermit Rest Route. As trilhas são bem demarcadas, pode-se fazer a pé, de bike ou de ônibus, funciona de de março a novembro, sendo a circulação de carros proibida nesta época. Os ônibus param em todos os mirantes da rota. Para informações atualizadas consulte o site oficial do parque aqui.
Desert View Drive – o lado direito do Grand Canyon South Rim
Como estávamos de carro, escolhemos fazer primeiro o lado direito do parque, pela desert view drive, asfalto excelente:
São apenas 3 km de Tusayan (cidade base para se explorar o South Rim do Grand Canyon) até a guarita da entrada sul do parque. Na guarita compramos o permissão de entrada, que te dá direito a voltar por 7 dias ao parque (tanto South Rim quanto North Rim). Como estávamos de carro, pagamos USD 30,00 para o carro e todos os seus integrantes. Em alguns dias do ano a entrada é gratuita. Informações atualizadas no site oficial do parque.
Após a guarita, mais 7 km dentro do parque e você chega no Visitor Center. Para quem não tem carro, no verão (de maio a setembro) há uma rota de ônibus gratuita – a Tusayan Route, e faz o translado Tusayan – Visitor center e vice versa. Em Tusayan, uma das paradas é no cinema IMAX. Os ônibus passam a cada 20 min, das 8:00 AM até as 09:45 PM. Para quem subir no ônibus em Tusayan, é necessário apresentar a permissão de entrada do parque ao motorista.
Em todos os mirantes, há uma área ao lado para estacionar o carro:
E claro, um monte de lugares para fotografar o Canyon…
Vistas panorâmicas sensacionais!
Em um dos mirantes, encontramos este corvo simpático:
Abaixo, a pedra do “pato”… é preciso um pouco de imaginação!
Alguns quilômetros à frente, o famoso mirante Grand View:
E o último mirante, o Desert View:
A torre do Desert View é a “atração”do local, mas nós gostamos mesmo foi da vista!
Do lado esquerdo desta torre tem uns banquinhos bem legais para sentar e admirar a paisagem, fica aí a dica! Eu e a Erika ficamos empolgados com o lugar!
Depois, no caminho de volta ao Visitor Center, ainda paramos no mirante Lipan Point:
As pessoas, minúsculas, no mirante à direita da foto acima, e a vista espetacular que elas tem de lá… muito impressionante!
Já eram 13:00h, encerramos aí a visita do lado direito do parque e retornamos para o Visitor Center.
Hermits Rest Route – o lado esquerdo do Grand Canyon South Rim
Iniciamos então a segunda parte de nossa visita – os mirantes do Hermits Rest Route :
Pode-se explorar este lado do Grand Canyon a pé, de bike ou de ônibus. Nós fizemos um mix, a pé e de ônibus. Do Visitor Center, pegamos a linha de bus Village Route (cor azul), direção westbound. O embarque é gratuito, entre pela porta da frente e desça pela de trás.
Descemos na parada Hermits Rest Route Transfer, logo ao lado ficava o ponto para pegar a linha vermelha do Hermits Rest. É tudo muito bem sinalizado e o ônibus anuncia o nome de cada parada. O site oficial do Grand Canyon disponibiliza um guia de bolso com todos estes mapas.
Na linha vermelha, direção Westbound, o ônibus para em cada uma das paradas acima. O último ponto é o Hermits Rest. A rota é circular, mas na volta para apenas em Pima Point, Mohave Point, Powell Point e Village Route Transfer, iniciando tudo de novo.
As trilhas são muito bem demarcadas, às vezes de asfalto, às vezes de cascalho:
Há mapas em cada mirante com a sua localização:
Foi engraçado que, como a rota é circular, pegamos o mesmo motorista por algumas vezes, e em um ponto específico da rota, onde a estrada ficava bem rente ao Canyon, ele sempre contava a mesma piada: “This is the closest we can get to the canyon…. I hope”!
Bom, vamos a algumas imagens dos mirantes, sempre com bom espaço, grades de proteção seguras e lugares para sentar e descansar um pouquinho enquanto aprecia a natureza local.
Há placas explicando a formação do Canyon, várias camadas, cada qual representando uma época diferente no planeta, reveladas pela ação erosiva da água. As várias camadas de terra que constituem o Grand Canyon ficaram bem nítidas nesta foto:
E o responsável pela ação erosiva, o Rio Colorado, segue esculpindo o Grand Canyon:
Abaixo, a forte correnteza (rapids) do rio colorado, fotografada com o auxílio de uma lente telescópica:
Há alguns pontos com sombra ao longo da trilha para descansar:
Dica sobre a água para beber no Parque Nacional do Grand Canyon: ela é gratuita. E claro, é água potável e limpa, não é água barrenta do rio colorado da foto acima!
Outra dica: leve uma garrafinha, mas que não seja de plástico. Você pode enche-la no Visitor Center, em qualquer lojinha/grocery dentro do parque e em alguns mirantes, como a Erika na foto abaixo enchendo a nossa no Hermits Rest. Você também pode comprar uma garrafa vazia em alumínio ou papelão impermeável nas lojinhas do visitor center, mas o preço é salgado. Esse copinho de papelão da foto abaixo nos custou mais de 20 reais – vazio – já que a água é de graça!
Garrafas PET com água não são permitidas no parque e sequer são vendidas por lá. A razão disto é evitar que o turista descarte a garrafinha de plástico no meio ambiente, poluindo a natureza e ameaçando a fauna local. Veadinhos como os da foto abaixo – que avistamos no parque no final da tarde, podem morrer se ingerirem este tipo de material.
De volta ao Visitor Center, observamos no chão uma homenagem aos povos indígenas habitantes da região:
E então assistimos ao nosso último evento no parque, o pôr do sol no Grand Canyon. Cores lindas, o céu e os paredões do Canyon ficam alaranjados, realmente um espetáculo que ficamos felizes de ver e fotografar.
Como Chegar
O voo São Paulo – Las Vegas fizemos pela American Airlines, com escala em Dallas. Para quem for nesse voo, dica: na janela do lado direito, faltando cerca de 30min antes do pouso em Las Vegas já dá para avistar o Grand Canyon lá de cima:
A foto tiramos pouco antes de passar pelo Lake Mead. O Canyon em si é enorme, acompanha praticamente toda a extensão do Rio Colorado. Abaixo, a localização no google maps do trecho fotografado:
De Las Vegas, alugamos um carro e dirigimos 435 km até Tusayan. Há quem faça de Las Vegas um bate e volta de helicóptero com sobrevoo pelo Grand Canyon, vimos muita propaganda disso na cidade, mas nossa ideia sempre foi a experiência rodoviária, entrar no parque de carro, “descobrir” os mirantes e ficar ali, admirando a paisagem o tempo que quiséssemos.
Um pouco antes de chegar em Tusayan, fizemos um “pit stop” na cidade de Seligman, antiga parada da famosa rota 66, o lugar parece ter saído de um cenário de filme! Em breve publicaremos um post aqui no site.
Nosso caminho rodoviário desde Las Vegas:
Onde nos hospedamos
Há opções de hospedagens tanto de dentro quanto fora do parque do Grand Canyon. Dentro tentamos o El Tovar, mas estava lotado! Nesse hotel é preciso reservar com meses de antecedência para conseguir uma vaga na alta temporada. Acabamos reservando fora do parque, no Best Western Premier – Grand Canyon Squire Inn, que fica logo na entrada de Tusayan. É o hotel #1 pelas avaliações do tripadvisor.
O fato de ser um hotel fora do parque nacional do Grand Canyon não atrapalhou em nada nosso passeio. Há algumas razões para isto:
- O Best Western (como qualquer outro hotel da minúscula Tusayan) fica há apenas 3 km da entrada do parque e 10 km do centro de visitantes;
- A distância entre a maioria dos mirantes é considerável e você só retornará ao seu hotel ao final do dia;
- No verão há uma rota de ônibus que faz gratuitamente – desde que você tenha o bilhete de entrada no parque – o translado de Tusayan ao Centro de visitantes do Grand Canyon e vice versa (dou detalhes mais adiante).
Vamos agora ao hotel. Os quartos do Best Western Grand Canyon são simples e espaçosos, com 2 camas de casal, TV, armários, mesa de escritório e uma mesa de refeições. O banheiro também era espaçoso e com amenities básicas.
As janelas são com dupla lâmina de vidro, anti-ruído, e com uma telinha adicional contra mosquito. O hotel tem estacionamento, que fica logo na entrada.
O café da manhã tem bastante frutas e como sempre nos EUA, linguiça, bacon, ovos mexidos, omelete, etc.
Mas o que mais gostamos no hotel foi o restaurante, a garçonete, uma senhora já de idade, foi bastante simpática. Pedimos um prato de carne de Elk (cervo) com batatas e legumes que estava uma delícia, carne muito macia!
Se você gostou do hotel, clique aqui para fazer sua reserva com a melhor tarifa.
Dica do que fazer em Tusayan: a cidade, apesar de minúscula, tem um cinema IMAX! Fica a duas quadras do hotel Best Western, e é uma boa opção para o final do dia, depois de bater perna o dia inteiro no Grand Canyon. Nós assistimos a uma sessão do “Grand Canyon The Hidden Secrets”, vale a pena pelas cenas impressionantes das corredeiras (rapids) do rio colorado.
É isso aí, essa foi a nossa visita de um dia inteiro no parque nacional do Grand Canyon – South Rim. Espero que tenham gostado, porque eu e a Erika adoramos!
Se quiser saber mais sobre Las Vegas, dicas de onde se hospedar, confira as nossas matérias clicando aqui.
Até a próxima trip!!
Oiii, aí que de mais ler seu post, acabei de voltar de viagem e fiz o Grand Canyon South Rim, é realmente maravilhoso.
Mas fiz bate e volta de Las Vegas pela rota 66, e não tenho como explicar o quão sensacional foi essa viagem, apesar de termos passado pouco tempo dentro do parque ver o grand canyon de “perto”, estar ali e observar foi maravilhoso.
Da próxima vez pretendo ficar uns 2 dias para explorar mesmo cada ponto de observação.
Beijos
Oi Emily, obrigada pela visita e pelo seu relato!
Olá.
Que grande viagem…e um ótimo post. Achei muita coisa por ai, mas poucos foram tão detalhistas e informativos. Estamos programando a viagem que iremos fazer agora em Abril, e gostaria de lhes perguntar onde foi o lugar que viram o Pôr do Sol? Adorei as fotos que tiraram. Parabéns pelo Blog. Abraço
Everton, as nossas fotos do por do sol são do Mather Point, que fica ao lado do estacionamento do visitor center. Outro ponto muito procurado é o Hopi Point. Mesmo no verão, esfria bastante após o por do sol. Obrigado pela audiência e volte sempre.
Oi! Muito obrigada! Seu post vai ajudar muito no meu roteiro! 🙂
Adorei o post, me ajudou muito! 🙂
Olá! Parabéns pelo post! Eu tinha muitas duvidas a respeito desta viagem entre Vegas e o Canyon (Sul), e li vários posts, mas nenhum tão completo quanto o seu. Estarei indo agora em Setembro/2018 e aproveitarei muito suas dicas. De lá, vou seguir até Los Angeles, e para isso estou pensando em ficar a dia todo no Canyon, sair a tarde e dormir em Kigman, para seguir viagem no outro dia. Minha dúvida é: Os passeios no Canyon são muito cansativos para depois pegar estrada de carro até Kingman (280km)?
Oi Lucas, em minha opinião e analisando seu itinerário, acho que seria melhor dormir próximo ao Grand Canyon (em algum lodge dentro do parque ou próximo, como fizemos) para aproveitar os mirantes, estradas e pequenas trilhas e caminhadas do parque. Cada um tem um ritmo por isso é difícil bater o martelo, mas como gostamos muito de paisagens e de fotografia, para nós foi ideal ficar mais tempo.
Pode ver pelo Google Maps os mirantes e pontos que mais lhe interessam e estimar quanto tempo passaria em cada um deles e somar ao tempo de deslocamento até Kingman para ver se acha que vai dar para fazer tudo em 1 dia. Espero ter ajudado e boa trip!
Adorei o post, pretendo conhecer o Canyon em Janeiro que é quando vou estar nos EUA, queria uma dica de vocês, para nós brasileiros que não dominamos muito o inglês, é perigoso ir de Vegas ao south rim de carro?
Não é perigoso, mas sem falar nada de inglês dificulta muito a comunicação. Como farão para ler as placas, para falar com o guarda se forem parados no trânsito, ou mesmo para alugarem o carro!? Se souberem um pouco, dá para se virar! O importante é seguir as regras de trânsito! Deem uma olhada nesse post para dicas de como dirigir nos EUA:
https://www.proximatrip.com.br/estados-unidos/como-dirigir-em-miami-e-orlando-nos-eua-conhea-as-leis-e-regras-de-trnsito/
Olá, tudo bem? Parabéns pelo post!
Estarei no South Rim em abril, mas somente no período da tarde. Qual lado você recomenda fazer…o direito ou o esquerdo?
Obrigada!
Oi Gabriela, como o lado direito é 2X mais extenso que o esquerdo, você verá aí paisagens mais variadas nos mirantes. No entanto, por ser mais extenso, o lado direito tem menos trilhas beirando o cânion – neste ponto, o lado esquerdo é melhor, com mais trilhas para explorar a pé, e tem também os ônibus gratuitos do parque na época que em que vai. Em termos de beleza, ambos são muito bonitos… difícil escolher!
Nossa…difícil mesmo! Acho q vamos esperar dar o “click” na hora! 😉
Mas valeu pela atenção!