Hoje no blog, você vai descobrir o que fazer nas Ilhas Faroé, um destino de paisagens deslumbrantes, experiências de viagem únicas e ainda pouco explorado pelo turismo. As Ilhas Faroé têm moeda própria, idioma, bandeira e governo próprios mas não são um país – e sim um território independente que faz parte do reino da Dinamarca. Elaboramos então este guia de viagem, com nossas dicas e um roteiro completo para uma trip sem dor de cabeça!
Durante 9 dias conseguimos fazer as principais trilhas, fotografar cenários que pareciam saídos de outro planeta e conhecer muito bem mais um lugar incrível!
O arquipélago das Ilhas Faroé é formado por 18 ilhas maiores e outras menores desabitadas que acolhem, ao todo, 48 mil pessoas em uma área de 1 399 km². Essas ilhas são conectadas entre elas por estradas, túneis sob o mar ou apenas por barco ou via aérea. Durante nossa viagem, nós visitamos 7 ilhas.
Ah e tem curiosidade! Você sabia que as Ilhas Faroé tem mais ovelhas do que pessoas morando lá? Pois é, atualmente são 70 mil ovelhas, de todas as cores e são super fofas e dóceis. Vimos muitas nas estradas e também nas trilhas.
Em nosso planejamento e roteiro de viagem pelas Ilhas Faroé, nós tentamos explorar as atrações de cada ilha em um dia, porém se o passeio envolvia uma trilha mais longa e no nosso caso específico também tempo adicional para fotos com câmera (Canon T7i) e drone (Mavic mini 3 pro), nós incluíamos as atrações faltantes para dias posteriores.
ATRAÇÕES NA ILHA DE VÁGAR
Trælanípa
Trælanípa foi a primeira foto que vi das Ilhas Faroé muitos anos atrás (em uma revista! 😂) e foi o momento, portanto, que fiquei sabendo da existência deste lugar distante – e distinto – do nosso planeta!
De imediato, aquela imagem de um lago que parecia estar em um nível acima do mar, criando uma ilusão de ótica doida e uma paisagem incrível, fez com que eu colocasse as Ilhas Faroé na minha bucket list de viagens!
De fato, este é um dos lugares mais emblemáticos das Ilhas Faroé.
Pois bem, a trilha em si não é difícil e é plana a maior parte do tempo – exceto pela parte final, onde está o mirante para termos a vista do lago de um lado e do oceano do outro. E a paisagem… nossa.. surreal! 🤩
O grande desafio foi o vento, que estava fortíssimo no dia da nossa caminhada. Muitas vezes a trilha vai margeando o penhasco, e dá MUITO medo pois parece que uma rajada pode nos arrastar (bom, eu fiquei apavorada 😅).
É ainda mais bizarro imaginar que escravos eram lançados para a morte lá de cima! O nome Trælanípa significa Penhasco dos Escravos, e na Era Viking, os escravos que ficavam doentes ou inaptos para o trabalho eram empurrados dali!
Esta trilha é paga (200 DKK, por volta de R$150) por pessoa. Há um amplo estacionamento, um café e banheiros disponíveis. Apesar de ser uma trilha demarcada, muitas vezes nos confundimos, pois havia muita lama, pedras e bosta de ovelha 😂 e tínhamos que ficar desviando para ficar mais agradável de caminhar.
Demoramos, entre ida e volta, cerca de 3 horas para todo o percurso. A trilha forma um triângulo, pois você verá o mirante do penhasco com o lago Sørvágsvatn sobre o mar e depois pode seguir para ver a cachoeira Bøsdalafossur e retornar pelo mesmo caminho da ida.
Nos últimos anos, com o crescimento do turismo, algumas trilhas nas Ilhas Faroé passaram a ser pagas – esta trilha é uma delas.
Muitos dos atrativos ficam em propriedades privadas, portanto com o intuito de organizar o acesso, preservar o terreno ou mesmo ganhar uma renda extra, os proprietários iniciaram um sistema de cobrança.
Então, nesse guia de viagem para as Ilhas Faroé, vamos citar quando (e quanto) pagamos para fazer os passeios.
Trøllkonufingur
Uma trilha fácil nas Ilhas Faroé é a “trilha do dedo da bruxa”, ou Trøllkonufingur. Uma caminhada plana, com vista linda do Oceano Atlântico e das ilhas vizinhas Streymoy, Koltur, Sandur e Sandoy no horizonte.
Não há cobrança (até o momento) e há um pequeno estacionamento.
O caminho é todo demarcado e atravessamos uma pequena ponte com riacho descendo pela montanha, um lugar super tranquilo. O trajeto é de 2,8 km ida e volta, levamos em torno de 1 hora entre caminhada e parada no mirante.
O monolito que representa o famigerado dedo da bruxa tem impressionantes 313 metros de altura! Ele pode ser contemplado do mirante no fim da trilha, que também oferece um panorama dos paredões de basalto da Ilha de Vágar.
Claro que há uma história mitológica por trás do nome desta formação rochosa, que realmente se assemelha a um dedo de bruxa petrificado.
A lenda diz que Trøllkonufingur seria o dedo de uma bruxa que queria empurrar a ilha de Vágar para a Islândia, mas o sol nasceu e ela virou pedra e caiu no oceano, a ilha de Koltur representaria a parte de trás da cabeça dela.
Drangarnir
Um dos principais cartões postais das Ilhas Faroé são as formações rochosas conhecidas como Drangarnir. O visual realmente é incrível, mas nós vimos esses rochedos apenas de longe, já que para visitá-los de perto é necessário contratar um passeio de barco de 1h (o que custaria R$ 500 por pessoa) ou ainda fazer a trilha (paga e guiada).
O problema para nós foi que para fazer a trilha eram oferecidos alguns horários e somente em certos dias da semana, e nosso roteiro não estava fechado para a gente ter que comprometer parte de um dia em um passeio que não considerávamos essencial, ainda mais sem saber como estaria o clima no dia (fazer essa trilha com muita chuva e tempo encoberto perde a graça!).
Fora isso, como a trilha fica em uma propriedade privada, os donos começaram a cobrar para fazer a trilha (600 DKK por pessoa, aproximadamente R$ 450). É recomendável separar meio dia para esse passeio (uma manhã ou tarde).
Bøur
Outro atrativo turístico na Ilha de Vágar é a vila de Bøur, com uma igrejinha e as casinhas coloridas de madeira e telhado de grama típicos das Ilhas Faroé. Tem um estacionamento bem na entrada da cidadezinha e nós ainda caminhamos até essas casinhas da imagem abaixo (uma pousada), achamos as casas super diferentes e fomos lá espiar.
Em Bøur tinha alguns cafés, mas não vimos ninguém andando na rua! Aliás, isso foi constante durante toda a viagem pelas Ilhas Faroé – vimos poucas pessoas (e muitas ovelhas!) nos lugares. Mas super recomendamos uma parada rápida nessa vila fofa de Vágar!
Múlafossur Waterfall
O ponto turístico mais visitado das Ilhas Faroé é a Cachoeira Múlafossur, em Gásadalur, na Ilha de Vágar. Além de ser um lugar bonito, sua proximidade com o aeroporto facilita a visita. Para chegar na vila, atravessamos o túnel Gásadalstunnilin.
O acesso é simples, há um estacionamento na vila e depois temos que caminhar até o início da trilha demarcada (que possui apenas 300 metros) para o mirante da cachoeira. A queda d’água de mais de 30 metros de altura impressiona, uma paisagem de cair o queixo!
Óbvio que este lugar famoso atrai tantos visitantes, mas o que achamos também muito bonito foi a trilha que dá a volta na vila de Gásadalur (aquele amontoado de casinhas que você vê na imagem acima).
As vistas para os penhascos e montanhas da ilha de Vágar são impressionantes, mas o caminho é todo demarcado – e no nosso caso, apesar do frio e vento, pegamos uma linda tarde de sol e céu azul!
Ainda em Vágar, também paramos em Sandavágur, um vilarejo super fofo – as “cidades” aqui estão mais para pequenas comunidades, onde tanto a população quanto a quantidade de casas são minúsculas.
ATRAÇÕES NA ILHA DE STREYMOY
Tórshavn
Um passeio tranquilo de 1 dia nas Ilhas Faroé é conhecer a sua capital, Tórshavn e suas atrações principais.
Entre os destaques de Tórshavn está Tinganes, no centro histórico, com suas casinhas históricas vermelhas – até hoje alguns departamentos do governo e repartições públicas funcionam no local até hoje. Bem pertinho dali, na beira do mar e no meio das pedras, está um relógio de sol viking, onde também há uma bandeira das Ilhas Faroé hasteada.
Outro passeio na capital Tórshavn é o Forte de Skansin, com um farol no alto da montanha e alguns canhões e armas do período da 2ª Guerra Mundial, a vista de lá é bonita e a entrada é gratuita.
Um lugar super bonitinho é a região do porto e píer (Vestaravág), onde estão vários prédios coloridos, além de bons restaurantes, cafés e bares. Fomos caminhar e também jantar algumas vezes por ali.
Estranhamos que mesmo sendo a capital e a maior cidade, víamos pouquíssimas pessoas nas ruas de Tórshavn. Dentro dos hotéis, dos supermercados e restaurantes sempre pouca gente, mas enquanto caminhávamos era puro deserto 😅
Em um dos dias em Tórshavn, estávamos de bobeira no fim de tarde e fomos acompanhar um jogo de futebol do campeonato faroês. O estádio estava bem cheio e brincamos que toda a população da cidade estava no estádio! 😂.
Perto da capital faroense – cerca de 15 minutos de carro – está a histórica vila de Kirkjubøur, considerada um patrimônio nacional. Lá também estão as ruínas da Catedral de São Magno (Kirkjubømúrurin) e a casa de toras Roykstovan, datada do século XI.
Nos arredores estão muitos monumentos escavados e não escavados que estão relacionados ao povoamento local na Idade Média e na Era Viking.
Nós fizemos uma pequena caminhada nos arredores da vila e achamos um charme todas as casas pintadas de preto e com telhado de grama. Há estacionamento e banheiros, mas não tinha nenhum café, restaurante ou lojinha quando visitamos!
Fossá
“Fossá” na língua faroense significa “rio com cascatas”, e esta era uma das atrações naturais que estávamos mais ansiosos para ver durante nossa viagem para as Ilhas Faroé!
Realmente a cachoeira impressiona com seus três níveis de queda – afinal, esta é a cachoeira mais alta das Ilhas Faroé, com 140 metros de altura.
Há uma trilha que sobe para o nível superior da cachoeira, que vai margeando o riacho que se forma próximo à estrada, mas estava super escorregadio e cheio de pedras, então resolvemos ver dali debaixo mesmo a queda d’água com toda sua força!
Aproveitamos para contemplar essa beleza da natureza (e nos molhamos um pouco 😅) e o Gustavo tirou algumas fotos com o drone. É um passeio rápido, pois você estaciona na estrada (tem umas 3 vagas para carros) bem ao lado da cachoeira.
Estrada cênica de Oyggjarvegur
Oyggjarvegur é uma estrada cênica de montanha nas Ilhas Faroé. Com paisagens espetaculares, esta é a estrada mais épica que leva à capital, Tórshavn. É um sobe e desce de colinas, curvas e muita neblina, mas o visual vale a pena!
Pegue esta estrada para conhecer locais pitorescos e mirantes ao longo do caminho. Também dá para admirar de longe a Cachoeira Týggjará.
A atração mais notável ao longo de Oyggjarvegur é a passagem da montanha Norðradalsskarð. Este ponto de vista garantirá uma vista deslumbrante da Ilha Koltur e do vale Norðradalur.
Um lugar curioso que está isolado no meio da estrada é um mirante para Kaldbaksbotnur, no vale Mjørkadalur, onde a vista panorâmica é estonteante. Lá havia também uma meia dúzia de casas no estilo faroense com grama no telhado, e uma placa informando ser uma base militar. Mas já li em outros sites que naquele local se encontra a única prisão das Ilhas Faroé. Pois até agora eu não sei 😅!
Outra atração, acessível apenas por esta estrada, é o Monte Sornfelli. Depois de sair de Oyggjarvegur e dirigir por uma estrada estreita por alguns minutos, você chegará a um planalto montanhoso de onde terá vistas impressionantes. Eu tinha visto algumas fotos na internet e pretendíamos ir até lá, mas o acesso estava fechado no período da nossa viagem!
Dirigimos por outras estradas cênicas nas Ilhas Faroé, a dica é sempre prestar atenção nas placas, pois quando uma estrada é cênica, as placas tem uma florzinha amarela ao lado do nome da estrada.
Baleias em Kaldbaksfjørður
Esse passeio nas Ilhas Faroé aconteceu por acaso, pois não esperávamos poder observar baleias tão de perto durante nossa viagem.
Acontece que estávamos passando pela rodovia-10, na região do fiorde de Kaldbak, quando eu vi alguma coisa pulando pra fora do mar e não consegui ver o que era 😂. Comentei com meu marido e ele imediatamente quis fazer o próximo retorno, pois imaginamos ser baleias ou golfinhos.
Quando retornamos, vimos que já havia alguns carros parados em um acostamento (que cabem uns 4 ou 5 carros) e pessoas em pé olhando no rumo do mar. Então avistamos a família de baleias nariz-de-garrafa que virou atração local, elas estavam muito perto do guard rail da estrada, ficando a poucos metros de nós.
O Gustavo aproveitou para tirar fotos e fazer vídeos das baleias e nós voltamos a vê-las nos dias seguintes, quase todas as vezes que passávamos por ali. Saindo da capital Tórshavn, esse ponto com águas calmas fica a apenas 15 minutos de carro.
As Ilhas Faroé são conhecidas pelo consumo de carne de baleias piloto e todo ano, em alguns eventos autorizados pelo governo, os pescadores matam centenas (existe um número estipulado por lei, por volta de 600/ano) de baleias em alguns vilarejos, para depois distribuir a carne para a população.
Trata-se de uma tradição alimentar e não vou entrar no mérito de estar certo ou errado, só estou comentando o que de fato acontece. Não são incomuns as fotos rodarem a internet (é só dar um google!), imagens impressionantes das águas vermelhas com sangue e muitas baleias mortas enfileiradas.
Há argumentos contra e a favor dessa prática, mas confesso que sempre me choco ao ver as fotos. Por este motivo, acho que ficamos contentes de conseguir ver essa simpática família de Bottlenose Whales relaxando bem próxima à cidade.
Leia mais sobre o polêmico assunto aqui.
Saksun
Saksun é um dos principais pontos turísticos e um dos locais mais visitados pelos turistas, talvez por compilar um pouco de tudo que há para fazer nas Ilhas Faroé: um vila pitoresca, uma igreja isolada, montanhas escarpadas, uma lagoa de água salgada, cachoeiras diversas nas montanhas e casinhas tradicionais com telhado de grama.
Nós resolvemos fazer a trilha que passa no vale de Saksun e vai até a praia, passando pela lagoa (e por diversas ovelhas no caminho!), mas só é possível na maré baixa! Esta trilha é demarcada e é paga (apenas com cartão de crédito, 75 DKK por pessoa).
Em Saksun há estacionamento e banheiros, mas não há comércio e nenhum café! Planeje-se e leve um lanche para o dia de passeio.
Ainda na ilha de Streymoy, visitamos a vila mais fofinha e florida Kvivík, a simpática Hósvik com sua bela cachoeira no meio da cidadezinha, e Vestmanna, de onde saem passeios de barco no verão para visitar colônias de pássaros, admirar paredões de mais de 400 metros, estreitos e grutas e também tours de pesca.
Também gostamos de visitar Tjornuvík, a chegada de carro já é sensacional: a estrada vira uma descida com uma vista linda da cidade lá embaixo, à beira-mar. Para completar, a montanha enorme nos arredores torna o cenário perfeito!
Tjornuvík é uma das mais antigas vilas das Ilhas Faroé. Os primeiros túmulos vikings foram encontrados neste vilarejo, escavados a partir de 1956. Podem ser visitados logo na entrada da cidade. Além de dar uma voltinha na cidade e conhecer a igrejinha, de 1936, dá para pisar na areia preta da praia com vista para a formação rochosa Risin og Kellingin (“o gigante e a bruxa”).
ATRAÇÕES NA ILHA DE EYSTUROY
Trilha de Hvithamar
A trilha de Hvíthamar é um passeio imperdível nas ilhas Faroé. Uma trilha simples, sinalizada com estacas verdes leva ao mirante com linda vista panorâmica do fiorde Funningsfjørður, Slættaratindur (880 m) e as montanhas nos arredores.
É um dos locais mais fotografados das Ilhas Faroé. No dia em que fomos, paramos no estacionamento, vimos as informações da trilha em uma placa e passamos o portão com escadinha sobre a cerca para iniciarmos a trilha (fizemos o percurso completo, que forma um triângulo, mas para chegar no mirante da foto abaixo são apenas 10 a 15 minutos de caminhada em terreno plano).
Nós pegamos um dia bem nublado, com muito vento e com uma chuvinha chata que ia e voltava, mas ainda assim conseguimos fotografar. Só a caminhada que ficou mais difícil, pois além de muitas pedras soltas, a trilha vira uma lama só! Completamos o percurso em 2 horas.
Gjógv
Certamente o vilarejo de Gjógv é um dos lugares para visitar no seu itinerários pelas Ilhas Faroé. Nem o dia super nublado e chuvoso conseguiu estragar o passeio! Nós andamos pelas ruas tranquilas no meio de casinhas fofas e coloridas, riachos… parecia um cenário de filme!
Gjógv possui um dos melhores portos naturais das Ilhas Faroé. No entanto, os barcos precisam ser puxados em uma rampa para ficarem protegidos das ondas. O porto no desfiladeiro também é um local conhecido com paisagens naturais excepcionais e tem uma trilha que o circunda na parte superior. Estava todo enlamaçado no dia que fomos por conta da chuva, mas as vistas são bonitas!
Em nosso passeio pela ilha de Eysturoy, ainda conhecemos a cidadezinha de Funningur, apreciamos da estrada as paisagens de Slættaratindur, e a vila de Eiði ao norte.
Ao longo das sinuosas estradas da ilha, é possível parar em mirantes com vista para Funningur e também paramos em um que tinha vista para as famosas formações rochosas Risin og Kellingin.
Depois de um dia cheio com trilhas, estradas cênicas e cidadezinhas charmosas, caiu muito bem um café super fofo em Llosá, onde tomamos chá e comemos bolo com vista para as montanhas em uma tarde super nublada.
Vale notar que foi o único lugar aberto que encontramos em toda a ilha nesse dia nublado e chuvoso de setembro! Tivemos sorte pois o menu tinha outras coisinhas deliciosas e ainda tinha estacionamento e banheiros limpíssimos!
ATRAÇÕES NA ILHA DE KUNOY
Kunoy é uma das ilhas localizadas na parte norte das Ilhas Faroé. A ilha tem um formato estreito e alongado. Devido às suas montanhas íngremes e com muitas rochas, as trilhas existentes são apenas para hikers mais experientes procurando um nível de trilhas mais complicado!
Para os turistas conhecerem, existem apenas duas vilas na ilha: Kunoy, onde vivem 156 habitantes e Haraldssund, cuja população é de 70 pessoas!
Vindo de carro, Kunoy é acessada por túnel a partir da ilha vizinha de Bordoy. Nós admiramos boa parte do visual desta ilha a partir do topo da montanha de Klakkur (como você vai ler adiante no texto).
ATRAÇÕES NA ILHA DE KALSOY
Kallur Lighthouse
Acho que o que eu mais queria fazer nas Ilhas Faroé era esta trilha do Farol de Kallur, no norte da ilha de Kalsoy. As paisagens são impressionantes, porém a trilha é simples e de nível fácil-médio. Tivemos sorte que a visibilidade estava boa no dia que fizemos a trilha, mas o vento é forte quase sempre, muitas vezes vindo em rajadas repentinas!
A caminhada tem cerca de 5,5 km, levando em média 2h para ida e volta. O único problema é que estava muito escorregadia, sempre após as chuvas (o que é bem frequente) o caminho demarcado fica todo enlamaçado, então tivemos que tomar cuidado redobrado para não escorregar, nem torcer o pé.
Várias ovelhas boazinhas cruzaram nosso caminho, e fomos admirando as belezas naturais até chegarmos no farol, ao fim da trilha. Neste trecho fica bem mais emocionante (e perigoso), pois estamos ali bem na beira de um penhasco.
A trilha do Kallur Lighthouse custa 200 DKK por pessoa (é aceito somente pagamento com cartão, Visa ou Mastercard). Há banheiros, um café e estacionamento.
O lugar ficou ainda mais famoso após as cenas finais do último filme 007, No Time to Die, onde James Bond, interpretado no filme pelo ator Daniel Craig, morre bem nesta montanha! Pois bem, não bastasse isso, agora tem um túmulo do 007 feito com basalto faroense – no meio da trilha! 😂.
Para chegar na Ilha de Kalsoy, é necessário pegar um ferry boat (para pedestres e carros) a partir da cidade de Klaksvík, na Ilha de Bordoy. Se você for como pedestre no ferry, vai desembarcar em Syðradalur e pegar o ônibus da ilha para chegar ao local do início da trilhado Farol de Kallur.
Nós pagamos mais caro pela taxa do veículo, mas embarcamos com nosso carro alugado para não depender do ônibus e fizemos as coisas no nosso ritmo.
Veja os preços e horários dos ferry boats das Ilhas Faroé no site oficial.
The Seal Woman
A estátua da sereia ou mulher foca (Kópakonan), está localizada no vilarejo de Mikladagur, na ilha de Kalsoy, desde 1º de agosto de 2014. A estátua tem 2,6 metros de comprimento, pesa 450 quilos e é feita de bronze e aço inoxidável. Fica sobre as pedras com vista para o Oceano Atlântico e a Ilha de Kunoy ao fundo.
A lenda de Kópakonan (a Mulher Foca) é um dos contos populares mais conhecidos das Ilhas Faroé. Veja a história completa que deu origem ao mito aqui.
Na vila ainda há banheiros para os turistas, algumas poucas casas (a população desta vila é de 27 pessoas!), uma bonita cachoeira (Mikladalurfossur) e uma menção à Pedra de Marjun, uma homenagem a mais uma curiosa história local.
ATRAÇÕES NA ILHA DE BORDOY
Klakkur
Klakkur é um ponto de vista panorâmico nas Ilhas Faroé na Ilha Borðoy, as vistas de 360˚ que você tem aqui estão entre as mais belas do arquipélago, conseguindo ver as Ilhas de Kalsoy, Kunoy e uma vista aérea da cidade de Klaksvík.
A trilha para Klakkur tem acesso gratuito e possui um pequeno estacionamento, mas não possui banheiros próximos nem cafés ou restaurantes por perto. Traga água e lanche.
A trilha é demarcada, com um pouco de subida, mas não apresenta muitas dificuldades nem exige técnica, basta ir caminhando no seu ritmo e claro, apreciando as belezas naturais dos arredores. Do início da trilha até o topo, demoramos por volta de 45 minutos, mas porque paramos muitas vezes para fotografar e admirar a paisagem.
A outra atração na ilha de Bordoy é Klaksvík, segunda maior cidade das Ilhas Faroé, vale a pena caminhar na cidade ou incluir uma parada para um almoço ou café. É uma passagem obrigatória caso você vá fazer a trilha de Klakkur ou ainda pegar o ferry boat para fazer a trilha do Kallur Lighthouse na ilha vizinha de Kalsoy.
ATRAÇÕES NA ILHA DE VIDOY
Viðareiði
Fomos conhecer essa pequena e remota vila, e que também oferece vistas panorâmicas da montanha Malinsfjall (quando o tempo não está nublado… já que muitas vezes fica tudo encoberto pelas nuvens!). Só de andar de carro pela ilha de Vidoy, já vale a pena. É um passeio panorâmico e com alguns mirantes.
Villingardalsfjall – Enniberg é uma trilha famosa na região, mas pegamos um tempo muito severo, com ventos fortes e neblina. Meu marido bem que queria sair caminhando, mas eu não me senti confortável para fazer nenhuma trilha com aquele clima tão instável, então ficamos apenas no passeio contemplativo mesmo.
Mas meu deus que lugar lindo, paisagens maravilhosas! Valeu a pena mesmo com o vento quase levando a gente e depois com a chuva que começou a cair freneticamente. O Gustavo não desistiu das fotos apesar do clima horrível, e eu fui para o carro porque a chuva e o vento me venceram!
OUTRAS ILHAS QUE VALEM A PENA SER VISITADAS NAS ILHAS FAROÉ
Se você ainda tiver dias disponíveis no seu roteiro de viagem às Ilhas Faroé, pode incluir mais ilhas no itinerário, como a Ilha de Mykines, conhecida por ser um dos lugares de maior concentração de papagaios-do-mar (os famosos puffins de corpo branco e preto e bico laranja).
Nós já tínhamos visto essa ave em nossa viagem para Islândia, então nosso principal objetivo por lá era fazer a trilha até o farol e esta trilha estava fechada 😓 no período que estávamos lá. Por motivos de segurança, as autoridades fecharam o acesso por tempo indeterminado. Decidimos então não visitar a ilha.
O acesso à ilha de Mykines é somente por Ferry (saindo da ilha de Vágar), helicóptero ou ainda tours de barco (veja com empresas de turismo locais).
Outro lugar super visitado nas Ilhas Faroé – um dos destinos preferidos dos mais aventureiros e fãs de longas caminhadas – é a Ilha de Suduroy, com acesso apenas via Ferry (trajeto de 2h saindo da capital Tórshavn).
Entre os principais atrativos da ilha de Suduroy estão as paisagens de Hvannhagi, Asmundarstakkur e Eggjarnar.
Outro passeio de um dia saindo de Tórshavn é a pequena Ilha de Nólsoy (a 30 minutos de ferry boat). Por lá, você terá opções de caminhadas, observação de pássaros, alguns cafés/restaurantes e até um letreiro, Nóllywood (“imitando” o letreiro de Hollywood em LA). Veja mais aqui.
Outra ilha que não visitamos é a Ilha de Sandoy, mas na sua viagem pode ser diferente! Isto porque o acesso foi simplificado por conta da inauguração do túnel para carros (em dezembro de 2023), ligando esta ilha à ilha de Streymoy. Antes o acesso era feito somente via ferry boat.
O site oficial das Ilhas Faroé nos ajudou demais no planejamento desta viagem! É possível encontrar mapas de trilhas, brochuras (para baixar em pdf), dicas de restaurantes, informações sobre os transportes de Ferry Boat e helicóptero, datas de eventos e celebrações além de uma lista enorme de possíveis passeios nas diversas ilhas que formam o país.
ONDE COMER NAS ILHAS FAROÉ
Em nossa viagem pelas Ilhas Faroé, aproveitamos a nossa estadia na cidade de Tórshavn para conhecer alguns bons restaurantes da cidade. Infelizmente o único ponto negativo desta experiência gastronômica foi o preço – super altos!!!
Os preços nos menus geralmente são mostrados em DKK (coroa dinamarquesa). Não tivemos problemas em encontrar lanches, carnes, legumes, saladas ou massas 😋. Já que ficamos tantos dias, conseguimos experimentar vários restaurantes!
Em Tórshavn, nós recomendamos o pub Irish Pub Torshavn, um local descontraído, com cervejas e pratos e rápidos. Para hambúguer e milkshake, gostamos do Haps Burgerbar, o atendimento é rápido e os lanches muito bons e bem servidos.
A maior parte dos bons restaurantes necessitam de reserva, como o THE TARV Grillhouse, o restaurante italiano Toscana e o Áarstova.
Para comprar algo rápido ou levar para viagem, os sanduíches escandinavos caprichados da Bitin pode ser uma boa opção.
Em Klaksvík, nós comemos no Fríða Kaffihús e no restaurante de carnes Angus Steakhouse, que também tem uma unidade em Tórshavn.
Caso você queira economizar um pouco nas refeições e também comprar alguns snacks e frutas para as trilhas, não deixe de passar em um supermercado nas Ilhas Faroé.
Nós fomos em alguns, como o Mylnan, bem no centro da cidade, também fomos no Á Handil, perto de nosso hotel, mas apesar de ser enorme por fora, por dentro foi decepcionante, achamos péssima a variedade, foi o pior que visitamos durante nossa estadia.
Nosso preferido foi o Bónus, que é uma rede de supermercados da Islândia e nós já conhecíamos de quando visitamos o país. Gostamos mais da variedade e também os preços eram melhores (considerando que nas Ilhas Faroé achamos tudo absurdamente caro). O Miklagarður também é ótimo e tem boa avaliação no Google. Compramos uns chocolates diferentes para trazer na mala 😋.
ONDE SE HOSPEDAR NAS ILHAS FAROÉ
Durante nosso planejamento de viagem, ficamos em dúvida de onde se hospedar nas Ilhas Faroé, já que são pelo menos 4 ilhas que oferecem uma quantidade razoável de hospedagens. Tem como se hospedar em casas de madeira tradicionais (inclusive aquelas com teto de grama!), mas neste caso teríamos que cozinhar nossa própria comida (o que não estava nos nossos planos!).
Ficar em casas de temporada ou pousadas mais isoladas vale a pena para quem quer realmente ficar na solitude e ter uma experiência em uma típica casa faroesa. Outra opção é dividir a estadia entre diferentes lugares (ilhas), mas tem o inconveniente de ter que perder um certo tempo da viagem com mais check-ins e check-outs e arrumar/desarrumar malas mais de uma vez.
As principais escolhas dos viajantes nas Ilhas Faroé são hotéis na ilha de Vágar (ilha onde fica o aeroporto e muitas das atrações mais famosas) ou a capital faroesa, a cidade de Tórshavn, que foi nossa escolha. A cidade está na ilha de Streymoy, a 45 minutos de carro do aeroporto.
Batemos o martelo para ficar em um hotel sustentável, o Hotel Brandan, que tinha bar, um bom restaurante, excelente café da manhã, estacionamento e wifi, além de cortesia de degustação de vinhos no bar do hotel todos os dias da semana a partir das 17h.
Para nós foi a melhor escolha, pois para jantar em um dos diversos restaurantes podíamos ir de carro para o centro ou a pé (15 minutos de caminhada), além de ter supermercado do outro lado da rua no hotel, posto de gasolina pertinho e demais lojas de conveniência.
Dito isso, você pode pensar que para chegar em uma determinada atração ou vila que você atravessa às vezes 4 ou 5 ilhas, pode ser muito longe, mas as distâncias são tranquilas, as estradas excelentes e os passeios e trilhas podem ser encaixados perfeitamente como bate-volta de 1 dia.
MELHOR ÉPOCA PARA VIAJAR PARA ILHAS FAROÉ
Agora que você já descobriu o que fazer nas Ilhas Faroé, você deve estar se perguntando qual época do ano é a melhor e mais indicada para viajar para as Ilhas Faroé.
A melhor época para ir para Ilhas Faroé é o verão, de junho a setembro. As desvantagens desta época são preços mais altos em hotéis e lugares mais “cheios”, mas como ainda não é um destino tão procurado, foi super tranquilo para visitar os lugares sem multidões.
Até como parâmetro para sua decisão, vou dar como exemplo nossa viagem – ficamos 10 noites, sendo que a primeira e última noites foram os dias de chegada/partida, que não contam muito para o roteiro por serem dias de deslocamento e com pouco ou nenhum tempo livre.
Viajamos em meados de setembro, o que significa que pegamos o final do verão. A vantagem de viajar nessa época são dias longos, tempo bom para fazer todas as trilhas e maior quantidade de estabelecimentos abertos. Além da maior oferta de voos.
Mesmo indo em de Setembro, ainda no verão, pegamos de 5°C a 12°C, mas com sensação térmica sempre mais baixa, seja por conta da alta umidade do ar ou pelos ventos fortes. E pegamos todo tipo de clima – garoa, neblina, chuva mais forte, céu azul, tempo nublado (maior parte do tempo).
O sol quase não deu as caras 😂. Então quando falamos verão, não espere dias quentes, e poucas serão as chances de ficar apenas de camiseta e sem casacos de frio!
Já no inverno (novembro a março), baixa temporada, as desvantagens ficam por conta dos dias mais curtos, chance de nevascas, ventos mais fortes, bloqueios em estradas e fechamento de comércio e restaurantes e maior chance de inacessibilidade de trilhas por conta do mau tempo.
As vantagens do inverno seriam a paisagem branquinha de neve nas montanhas (ainda que não durem tanto), possibilidade de ver Aurora Boreal e preços mais baixos de hospedagem. Por tudo que pesquisei, acho que é a época menos indicada para a viagem.
Os meses intermediários Abril, Maio e Outubro, também são indicados como bons meses para viajar para as Ilhas Faroé.
Se você olhar qualquer estatística de clima em Faroé, também vai reparar que as temperaturas não oscilam tanto entre uma estação e outra. Independentemente da sua escolha, vá viajar sabendo que o CLIMA NAS ILHAS FAROÉ É IMPREVISÍVEL!
DICAS DE VIAGEM PARA ILHAS FAROÉ
Documentos, Visto e Vacinas: para cidadãos brasileiros visitando as Ilhas Faroé a turismo, basta o passaporte válido – nenhum visto é necessário neste caso. Consulte sempre o site do Itamaraty e do governo local para informações atualizadas.
Não há nenhuma vacina obrigatória, mas um bom viajante tem sempre suas vacinas em dia para explorar o mundo sem preocupações, certo?
Considere atrasos e cancelamento em Voos para as Ilhas Faroé: O clima é muito doido e imprevisível nas Ilhas Faroé, com ventos fortes, chuvas e também neve. Não é raro cancelamentos e longos atrasos por mau tempo. Além disso, considerando a oferta de voos escassa e as poucas companhias aéreas que voam para o destino, optei por adicionar 2 dias ao nosso roteiro.
Assim, teríamos uma margem de tempo e não perderíamos nenhum passeio programado caso algum de nossos voos tivesse problema. No fim, nossos voos tanto de ida quanto de volta foram pontuais, mas isso nos permitiu explorar as Ilhas Faroé com mais calma com o tempo que sobrou.
Companhias áereas que voam para as Ilhas Faroé: Não há voos diretos do Brasil, então você terá que fazer no mínimo 1 conexão na Europa. Nós voamos de Air France, partindo de São Paulo com conexão em Paris (CDG) e depois pegando um voo da companhia aérea local das Ilhas Faroé, a Atlantic Airways, de Paris para Vágar (a ilha onde fica o aeroporto em Faroé).
Durante o mês de nossa viagem, apenas a Atlantic Airways, a Icelandair, a Wideroe e a Scandinavian (SAS) tinham voos diretos para as Ilhas Faroé, saindo das cidades de Nova York, Reykajvík, Oslo, Billund e Copenhague.
Caso você viaje durante os meses mais movimentados no turismo (de maio a outubro), há chances de ter mais opções de conexão em voos sazonais, partindo de cidades como Edimburgo, Londres e Barcelona.
Meios de Pagamento: Nas Ilhas Faroe usamos o cartão de débito (Wise) e crédito (Visa e Mastercard, emitidos em banco brasileiro) o tempo todo (seja físico ou por aproximação no celular) durante toda a viagem, para pagar desde hotel, aluguel do carro, ingressos de trilhas, refeições ou postos de gasolina.
Não usamos (nem precisamos) de dinheiro em espécie (seja coroa feroesa ou coroa dinamarquesa, as duas moedas aceitas no país).
Internet e Celular: Usamos o chip virtual (e-sim) da Airalo, parceira aqui do blog, e ajuda muito ter internet próximo de lugares mais remotos caso aconteça algum imprevisto (mas não pega em 100% das vezes não!). O wi-fi do nosso hotel era bom, mas foi bom ter um plano com GB para usar caso a gente precisasse.
Seguro Viagem: Antes de viajar, não encontrei regras específicas para as Ilhas Faroé, mas parti do princípio de que como elas são um território independente da Dinamarca, e este país faz parte do Tratado de Schengen, é prudente viajar com um seguro viagem contratado com a cobertura mínima exigida de 30.000 Euros.
Sempre contratamos algum plano das seguradoras do SegurosPromo, parceiro de nosso blog, ou com empresas como World Nomads, Allianz e Mondial.
Roupas para viagem a Ilhas Faroé: Seja lá que época for, leve roupas ideais para passeios outdoor e na natureza, pois é o que você vai precisar 90% do tempo.
A técnica de se vestir por camadas é eficiente: roupas térmicas (chamadas de “segunda pele”) como primeira camada, com blusas de lã merino, cashmere, fleece ou pluma como segunda camada e um casaco corta vento e impermeável por cima de tudo.
Nos pés, meias de lã merino são boa opção com botas e tênis próprios para caminhada. Roupas casuais para hotel e restaurantes. Se for viajar em meses mais frios, reforce a proteção de extremidades com luvas, gorro e cachecol.
Muito importante também levar hidratante para corpo, rosto e lábios e protetor solar.
Como se locomover nas Ilhas Faroé: A melhor forma de acessar os pontos turísticos das Ilhas Faroé é de carro, principalmente se você gosta de trilhas e fotografia, pois assim você terá liberdade e flexibilidade para ajustar seu tempo e roteiro ao longo da viagem. Ao longo de 9 dias, rodamos mais de 1000 km.
Nós optamos pelo aluguel de carro, com retirada e devolução no aeroporto, foi tudo super tranquilo. As estradas são excelentes e, quanto mais afastado da capital Tórshavn, menos trânsito vai ter. Pedágios só são cobrados em alguns túneis, mas as cobranças são automáticas (a placa é fotografada) e serão lançadas na fatura da locadora.
No momento da locação, o atendente explicou quais eram os túneis cobrados e os caminhos alternativos para evitar as cobranças. Também fotografamos um mapa da locadora com os túneis e preços. Os túneis onde há cobrança são os túneis mais modernos e que encurtam a distância entre um lugar e outro. Os túneis subaquáticos são super modernos e um deles tinha até rotatória!
Durante a nossa viagem, os túneis “pagos” que usamos foram Vágatunnilin, que liga as ilhas de Vágar e Streymoy (custo de 100 DKK ida e volta), o moderno Eysturoyartunnilin, que liga as ilhas de Streymoy e Eysturoy (280 DKK por trecho – sim, mais de R$ 200 de pedágio cada vez que você passar pelo túnel!!!) e o Norðoyatunnilin (100 DKK ida e volta), que liga as ilhas Eysturoy e Borðoy.
Respeite os limites de velocidade e preste atenção nas estradas com pista única – isso significa que 2 carros podem vir em sentidos opostos em uma mesma faixa (e causar um acidente). Vá devagar e observe as áreas de parada para ultrapassagem. A regra é que quem estiver mais próximo deste espaço precisa sair da pista, ficar neste “acostamento” e dar passagem!
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Também não se esqueça do chip de celular ou chip virtual e-sim para uso nas Ilhas Faroé e do Seguro Viagem – ele é essencial para emergências médicas em viagens ao exterior!
Até a próxima trip!