Hoje no blog, você vai saber o que fazer na Islândia e a melhor forma de conhecer suas principais atrações – listamos mais de 40 lugares em nosso guia completo de viagem. A “terra do gelo e fogo” é um dos principais destinos para os viajantes em busca de belas paisagens e aventura em um cenário de trilhas na natureza, geleiras, vulcões e praias de areia preta.
Ficamos 2 semanas neste país incrível – exploramos vários cantos da Islândia em uma road trip de sonho! Escolhemos o mês de agosto, para pegar dias longos e com temperaturas mais agradáveis. Nosso guia fornece um roteiro completo e é ilustrado com belíssimas imagens que captamos em nossa “expedição” pelo país – a Islândia é um destino perfeito para quem ama fotografia, como nós. Além disso, ao final da matéria, daremos as dicas gerais para o planejamento de viagem à Islândia.
As principais atrações da Islândia – Roteiro completo pela Rota 1 (Ring Road)
- 4 atrações do Círculo Dourado (Golden Circle)
- A capital da Islândia, Reykjavík e a Blue Lagoon
- Seljalandsfoss, a cachoeira mais bonita da Islândia
- Eyjafjallajökull Info Point
- Skogafoss
- Sólheimajökull
- Sólheimasandur Plane Wreck
- Farol Dyrhólaey e praia de Reynisfjara
- Vík í Myrdal
- Scenic Green Lava Walk
- Fjaðrárgljúfur
- Svartifoss
- Glaciar Skaftafell
- Glaciar Svínafell
- Fjallsárlón Iceberg
- Glaciar Jökulsárlón e Diamond Beach
- A praia de Stokksnes e a montanha Vestrahorn
- Reserva Natural de Hvalnes e o farol
- Seyðisfjörður e East Fjords – um pouco do leste da Islândia
- Dettifoss
- Campos de lava, vulcões, cavernas e geysers na região do Lago Myvatn
- Godafoss
- Observação de baleias na Islândia (Husavik e Akureyri)
- Hvammstangi, a capital das focas na Islândia
- West Fjords – o extremo oeste da Islândia
- Península de Snæfellsnes e Kirkjufell
4 atrações do Círculo Dourado (Golden Circle) da Islândia
O Círculo Dourado (ou Golden Circle) é um conjunto de 4 atrações que formam o principal circuito turístico da Islândia. Localizado a uma distância próxima de Reykjavík, é ideal para explorar em 1 dia a partir da capital, seja através de tours de agências de turismo ou de carro, por conta própria. Nós fizemos de carro e indicamos essa maneira por dar mais flexibilidade de horário e permitir explorar mais locais além do roteiro preestabelecido.
A nossa primeira parada foi em um pequeno lago em uma cratera vulcânica, Keriđ. No local não havia banheiros e o estacionamento não era muito grande. Dá para dar a volta na cratera na parte superior por uma trilha demarcada e depois descer uma escada até o lago. É uma das poucas atrações pagas na Islândia: 400 ISK por pessoa.
Depois visitamos Gullfoss, um bela cachoeira com largura de 70 metros e altura de 32 metros – há uma trilha onde podemos admirá-la por vários ângulos e mirantes diferentes. A queda do rio Hvítá tem suas águas provenientes do glaciar Langjökull. Em nossa visita, ventava muito mesmo, o que faz a sensação de frio aumentar bastante. Além disso, lembre-se de proteger as lentes de sua câmera ou celular, pois espirra muita água nos mirantes!
Um complexo de fontes de água termal, gêisers como o Geysir e fumarolas pode ser visitado na Islândia – uma amostra da atividade vulcânica que formou e moldou toda a ilha/país. O mais impressionante de todos, em minha opinião, é o Strokkur, que “explode” a cada 5 ou 10 minutos, jorrando água quente a uma altura que varia de 20 a 40 metros.
Mais um lugar diferente para conhecer na Islândia, o Parque Nacional Thingvellir! O local tem importância histórica – ali se instalou o primeiro parlamento do país; e também relevante por ser o local de encontro de 2 placas tectônicas, da América do Norte e Europa. Há mirantes, placas explicativas, uma cachoeira bem bonita (Öxarárfoss) e trilhas por todo o parque.
Para quem não quer perder uma experiência marcante na Islândia, pode agendar um mergulho na Silfra – a fenda é uma zona de mergulho em que as placas estão tão próximas que se pode tocar os 2 continentes ao mesmo tempo!
O Parque Nacional de Þingvellir é Patrimônio da Unesco desde 2004.
Dicas práticas: Há diversos estacionamentos e o pagamento é realizado somente com cartão de débito/crédito ou online. O parque tem banheiros disponíveis e lanchonete/restaurante, além de um Centro de Visitantes bem completo. A entrada é gratuita. Consulte as informações completas no site oficial.
Como um bônus depois de um dia cheio de atrações, fizemos um pequeno desvio até a cachoeira þórufoss, bonita e vazia! Ficamos sozinhos o tempo todo! É um atrativo pouco conhecido e visitado, pertinho das atrações do Golden Circle.
A capital da Islândia, Reykjavík e a Blue Lagoon
Não deixe de explorar a capital Reykjavik por 1 ou 2 dias e também visitar a famosa Blue Lagoon. Em um lugar tão frio (mesmo no verão), vale a pena investir no (caro) valor do ingresso para relaxar nas águas azuis e quentinhas da atração turística mais famosa da Islândia!
Veja mais na nossa matéria específica:
Seljalandsfoss, a cachoeira mais bonita da Islândia
No 1°dia após explorarmos todo o circuito dourado e os arredores de Reykjavik, nós seguimos rumo a Seljalandsfoss, que é considerada por muita gente a cachoeira mais bonita da Islândia. No caminho seguido pela rodovia 1, recomendamos parada em Urridafoss, uma cascata formada no curso do rio mais longo da Islândia e que é fonte de pesca de salmão e truta na região. Outro pit stop para esticar as pernas é Hella, pequena cidade onde podemos avistar muitos cavalos “cabeludos”, bem comuns na Islândia.
Essa cachoeira tem o diferencial de permitir acesso atrás da sua queda d’água, em uma trilha circular. Indescritível beleza! Nós adoramos 🥰. Note que é um atração popular, então tente chegar cedo. Há banheiros, uma lanchonete e o estacionamento é pago. Seguindo pela estrada 1 rumo à Vik, após visitar a cachoeira, não esqueça de parar para fotografar a simpática igrejinha Ásólfsskálakirkja.
Mirante do Eyjafjallajökull – o vulcão mais famoso da Islândia
Uma atração inusitada na Islândia é o mirante para o vulcão de nome impronunciável – Eyjafjallajökull – sim, aquele mesmo que em 2010 tomou o noticiário internacional porque suas cinzas simplesmente bloquearam o tráfego aéreo na Europa por alguns dias, um verdadeiro caos! Mas apesar disso, é um lugar muito bonito na Islândia!
Skógafoss
A Skógafoss ficou entre meus lugares favoritos na Islândia – além da bonita queda d’água, todo o cenário ao redor é atrativo. Suas águas são provenientes dos glaciares Eyjafjallajökull e Mýrdalsjökull.
Demos sorte de pernoitar em um hotel a poucos minutos da cachoeira e pudemos ficar até mais tarde explorando os arredores, inclusive para ter chance de tirar fotografias com menos gente! Há um grande estacionamento no local e banheiros disponíveis.
Além da vista geral da cachoeira, pode-se subir uma escada para vê-la de cima, para isso é necessário subir uma escadaria que também dá acesso a uma das trilhas mais bonitas que fizemos na viagem! Mais montanhas e cachoeiras em um cenário de cair o queixo! Consegue me achar na foto abaixo? Um pontinho vermelho no canto esquerdo da foto? Era eu 💁🏻♀️ admirando o pôr do sol depois das 21h no verão islandês!
Sólheimajökull
Uma das atividades para se fazer na Islândia se tornou bem popular entre os turistas: a caminhada no glaciar (glacier hike). O passeio é vendido por várias empresas locais e um dos lugares mais famosos para isso é a geleira Sólheimajökull. Inicialmente, ela nem estava em nosso roteiro, mas resolvemos fazer um desvio de rota… e que passeio legal nos esperava!!!
Dá para fazer uma trilha e ficar cara a cara com a geleira, mesmo que você não queira pagar para caminhar sobre o gelo! Como nós havíamos feito um passeio para andar sobre um glaciar no Canadá alguns meses antes, não sentimos necessidade de repetir. A paisagem e natureza aqui é esplendorosa, inclusive na estrada de acesso à geleira, que conseguimos captar com nosso drone. Parece outro planeta!
Sólheimasandur Plane Wreck
Um dos pontos turísticos da Islândia mais bizarros – foi assim que classificamos nosso passeio até os restos do avião DC norte-americano que está na areia de uma praia do sul do país. Em um ambiente com ar meio apocalíptico, parecido com o do filme “Mad Max”, podemos chegar perto dos destroços após uma caminhada de 4km (e depois tem a volta!). Dá para ir de ônibus pagando 60 reais por pessoa ida/volta, mas 90% dos turistas prefere ir caminhando.
E por que o avião foi parar aí? Consequência de um pouso forçado, pois o avião estava com problemas, mas não teria combustível para retornar ao aeroporto. Felizmente, todos a bordo sobreviveram – o avião nunca foi removido e se transformou em ponto turístico. Dica: é um local legal para ver e fotografar a Auroral Boreal, caso sua viagem seja realizada de meados de setembro a março.
Farol Dyrhólaey e praia de Reynisfjara (Black Sand Beach)
O Farol Dyrhólaey é a primeira parada onde temos vista das famosas praias de areia preta na Islândia. Do alto do mirante onde está o farol, a visão panorâmica das praias vazias, ondas fortes e formações rochosas enormes reforçam a sensação de estar em um lugar de natureza bruta. Ali pertinho está a Kirkjufjara Beach.
Seguimos mais alguns minutos de carro até a famosa Black Sand Beach – a praia de Reynisfjara, uma das atrações imperdíveis na Islândia. Mas o engraçado é que todas as praias na Islândia são de pedras e areias pretas 😂, então na prática são várias black sand beach…enfim. Esta, no entanto, tem enormes colunas de basalto e até uma caverna (Hálsanefshellir Cave).
A Black Sand Beach tem um estacionamento enorme e um bom restaurante/lanchonete, que serve de refeições completas (tomamos uma sopa islandesa com carne de cordeiro e pão de tomate!) a hambúgueres, bebidas e café. Tem banheiros disponíveis para clientes.
Dica: nessa região há muitos ninhos do Puffin, ave típica da região do Atlântico Norte (Islândia, norte do País de Gales e Inglaterra, Ilhas Faroé, etc). Vimos alguns voando sobre a praia e o Gustavo também conseguiu fotografar um puffin em um ninho! São também conhecidos como papagaio-do-mar.
Vík í Myrdal
Vík é uma pequena cidade no sul da Islândia que serve de base para vários passeios na região – é um bom ponto para pernoite. Há supermercado, restaurantes e posto de gasolina. Sua principal atração é o mirante da Igreja que dá vista para a cidade e para a “praia”da cidade.
Scenic Green Lava Walk
Nesse rápido passeio na Islândia – trata-se apenas de uma parada às margens da ring road (rota 1) – matamos a curiosidade de caminhar sobre um campo de lava. Na verdade, andamos sobre passarelas de madeira e paramos nos mirantes com vista para o imenso campo de lava vulcânica do local. Uma interessante parada para esticar as pernas entre uma atração e outra!
Fjaðrárgljúfur
Mais um passeio belíssimo para fazer na Islândia, o Canyon Fjaðrárgljúfur tem 100 metros de profundidade e é cortado pelo rio Fjaðrá. Estendendo-se por quase 2 km, podemos admirar de vários ângulos e mirantes essa belezura. Curiosamente, a atração ficou fechada por vários meses, para recuperação da vegetação no local e demarcação de trilhas. Por sorte, 2 semanas antes de nossa viagem, foi reaberto para visitantes.
O cantor Justin Bieber gravou um clipe no canyon, o que deu visibilidade global para a atração, mas também contribuiu para muvucar de vez o lugar 😂.
Antes um local pouco frequentado, agora já entrou de vez no radar dos turistas e você deve chegar cedo, pois o estacionamento é minúsculo! Há banheiros no local (ainda bem!).
Outros lugares próximos para visitar são a cachoeira Foss a Sidu (que estava com pouquíssima água quando fomos) e as formações rochosas de Dverghamrar.
Svartifoss
Svartifoss é uma cachoeira que faz parte do Parque Nacional Vatnajökull e é um dos atrativos mais famosos da Islândia. É cercado por colunas escuras de lava, que deram origem ao seu nome (“A cachoeira negra”). As colunas de basalto são o toque especial na cascata de 20 metros de altura. Após uma trilha de 45 minutos (depois tem o mesmo tempo para a volta!), você chega no mirante que fica em frente à cachoeira!
Glaciar Skaftafell
No mesmo parque onde está Svartifoss você pode fazer a trilha de 1h/1:20h (ida e volta) para a geleira Skaftafell. A trilha é fácil e 100% plana. No dia do nosso passeio, o grande problema foi o vento que pegamos no fim de tarde, e quanto mais próximos ficávamos do glaciar, mais frio e forte e cortante ficava o vento, quase nos impossibilitando de andar ou mesmo manter os olhos abertos!
Para acessar Svartifoss e o glaciar Skaftafell, a estrutura é excelente: restaurante/lanchonete, banheiros e amplo estacionamento (pago).
Glaciar Svínafell
Uma das atrações menos conhecidas da Islândia é a geleira vizinha à de Skaftafell, a Svínafell. Achamos o passeio sensacional até por conta da aventura que foi chegar lá – uma estrada simplesmente horrível, irregular e cheia de buracos. Juro que achei que o carro ia quebrar!!! Fizemos uma pequena trilha e ficamos ali admirando a beleza do local, além de conseguir belas fotos e vídeos com o drone.
Fjallsárlón Iceberg
Esse glaciar vizinho ao irmão mais famoso Jökulsárlón é menor em tamanho e menos visitado, mas não menos impressionante! Em nossa visita, pela manhã, pegamos um tempo nublado e com muito vento, mas a beleza do local é de encher os olhos!! Tours de zodiac (aqueles barcos pequenos, similares a botes infláveis) e mesmo passeios de caiaque estão disponíveis nessa lagoa.
Há estacionamento amplo, banheiros e a trilha é bem segura e demarcada.
Glaciar Jökulsárlón e Diamond Beach
Jökulsárlón é com certeza o glaciar mais conhecido e visitado da Islândia, tanto pela beleza quanto pela facilidade de acesso. A geleira é enorme e no lago em frente, há icebergs de diferentes tamanhos e formas boiando. Todo esse cenário faz a gente se sentir pequeno diante da força da natureza.
É possível fazer passeio de barco para avistar focas, que ficam nadando ou deitadas sobre os icebergs. Você pode contratar na hora ou com antecedência pela internet ou com seu hotel. Custa em média 5800 ISK por pessoa.
A Diamond Beach (ou Praia dos Diamantes) tem esse nome por conta dos blocos de gelo que se desprendem do glaciar e encalham na praia. Desde pedrinhas que cabem na palma da mão, até outras que são maiores que nós, podem ser avistadas e tocadas. O local virou um ímã de turistas na Islândia em busca de selfies perfeitas.
Enquanto todo mundo queria tirar fotos divertidas nas pedras de gelo, eu e meu marido buscávamos os locais mais tranquilos para fotografar e ficamos observando as focas passando bem próximas da praia! Vimos várias – dessa forma, nem precisamos desembolsar uma grana extra para o passeio de barco!
A praia de Stokksnes e a montanha Vestrahorn
Visitamos a praia de Stokksnes com vista para a icônica montanha Vestrahorn em um pequeno desvio da rodovia 1 (poucos km após a cidade de Höfn). Havia poucos turistas, ideal para nós fotografarmos em paz, inclusive com o drone! Inclua esse lugar para visitar em sua trip pela Islândia!
Fizemos algumas belas imagens e vídeos com o drone e, recentemente, ficamos felizes ao assistir o primeiro episódio da série da BBC Seven Worlds One Planet e ver que logo na primeira cena é este o lugar que aparece para introduzir o tema da série, com Sir David Attenborough caminhando pela praia, exatamente como nós fizemos alguns meses antes!
O acesso é pago (900 ISK) e inclui acesso a banheiros, estacionamento e a visita a uma vila viking e à fazenda local. A estrada de acesso é de cascalho, mas não é necessário carro 4×4.
Reserva Natural de Hvalnes e o farol
Seguindo rumo aos fiordes do leste pela Rodovia 1, paramos em uma reserva natural (Hvalnes) onde também havia um farol um pouco mais adiante. O farol em si não valia a parada, mas a praia da reserva era um lugar muito silencioso e tranquilo. Fizemos uma pausa para aproveitar o dia ensolarado e admirar a paisagem enquanto comíamos um skyr. Depois, até cochilei uns 20 minutos sobre as pedrinhas, que eram em sua maioria pretas, grandes e arredondadas. Adoramos descobrir mais um lugar diferente na Islândia!
Seguindo pela rodovia 1, ainda paramos em Lækjavik e no mirante para a montanha Teigarhorn.
Seyðisfjörður e East Fjords – um pouco do leste da Islândia
Os fiordes do leste são uma boa opção para conhecer na Islândia se você procura mais paisagens incríveis, mas com uma presença bem menor de turistas. Montanhas imponentes e escarpadas moldam a paisagem da região – sugerimos como base para pernoite a cidade de Seyðisfjörður.
A cidade tem um lago lindo com vista para as montanhas, casinhas coloridas e toda estrutura necessária aos turistas – banco, restaurantes, supermercado, pousadas e hotéis e claro, belezas naturais. Parece uma vila, de tão pequena. Adoramos o clima bucólico e nos lembrou muito as cidades pequenas da Noruega. Se preferir ficar em uma cidade maior, Egilsstaðir é uma bonita cidade para se hospedar e visitar no leste da Islândia.
E como uma das atividades mais comuns para se fazer na Islândia é visitar cachoeiras, na região dos fiordes do leste visitamos a Gufufoss, que fica na beira da estrada que leva à Seyðisfjörður. Nem preciso dizer que a natureza local, assim como a paisagem nos arredores, são lindos e para fechar com chave de ouro havia poucos turistas além de nós.
As estradas são sinuosas nos fiordes do leste. Em um dos trechos que levam a Seyðisfjörður, foi gravada uma cena do filme “A vida secreta de Walter Mitty”, em que o personagem principal, interpretado por Ben Stiller, desce a estrada cheia de curvas andando de skate. Aliás, há várias cenas deste filme rodadas na Islândia.
Caso queira encontrar um lugar para relaxar, o mais recente ponto turístico da Islândia nesta região do país é Vök Baths, um spa com piscinas de águas termais quentinhas com vista para o lago e montanhas dos arredores, veja mais aqui.
Depois de explorar a região do leste da Islândia, continuamos pela estrada 1 rumo ao norte do país. Passamos por lugares inóspitos, parecia que estávamos em Marte! Nessa viagem, a cada poucos km rodados queremos parar, ver, fotografar…são muitas paisagens diferentes!
Dettifoss
E essa cachoeira você tem que colocar no roteiro para visitar na Islândia! É a mais imponente queda d’água do país! Ficamos impressionados com o tamanho (tem 45m de altura e 100m de comprimento) e o volume de água – é a cachoeira mais poderosa da Europa. Dettifoss é tão bela quanto nossas Cataratas do Iguaçu e as Niagara Falls, entre Canadá e EUA.
Há 2 rodovias que dão acesso à Dettifoss. São 2 experiências distintas e recomendamos visitar os 2 lados, leste e oeste. No lado leste, o estacionamento é grande, há trilhas e mirantes demarcados, infraestrutura de primeira qualidade. No lado oeste, você chega na boca da queda d’água (é bem perigoso, para falar a verdade!) e o estacionamento é bem menor. Tivemos a impressão desse lado ser mais roots.
Caso tenha mais tempo para explorar as redondezas, pode visitar o Ásbyrgi Canyon.
Campos de lava, vulcões, cavernas e geysers na região do Lago Myvatn
Há diversas atrações para visitar nessa zona turística da Islândia. O lago Myvatn (que significa Lago mosquito, em islandês) é enorme e tem inclusive um local com banhos termais parecido com a Blue Lagoon, mas bem mais barato! São as Mývatn Nature Baths. Bem próximo dali fica a caverna Grjótagjá e suas águas cristalinas (o lugar aparece em Game of Thrones).
Víti é um lago na cratera de um vulcão (bonito, mas o lugar menos impressionante das redondezas), o Krafla Lava Fields nos dá a chance de caminhar sobre um enorme campo de lava de uma série de erupções de um vulcão da região que ficou em atividade por vários anos a destruiu tudo por ali de 1976 a 1984! O mais bizarro é que área continua “ativa” vimos muitos locais com fumacinha e o cheio de enxofre é bem forte!
Hverír é mais uma atração na Islândia, um campo geotermal cheio de fumarolas. Na profundidade de 1000 metros a temperatura da água passa dos 200°C. Outro lugar para conhecer é o vulcão Hverfjall, que fica em uma das margens do lago. Skútustaðagígar é um conjunto de pequenas crateras, ao sul do lago e às margens da rodovia 848, porém estava fechado para visitação durante nossa viagem.
Nós corremos muito para visitar tudo em 1 dia, mesmo com o longo dia de verão. Acho que o ideal é fazer tudo com calma em 2 dias nessa região.
Godafoss
A cachoeira Godafoss é um dos principais pontos turísticos da Islândia, no norte do país. O que mais impressiona é a largura e não a altura da queda, mas o lugar é lindo! As águas do rio Skjálfandafljót desaguam ali, provenientes do glaciar Vatnajökull. Dormimos em um hotel muito bacana próximo à cachoeira, e vimos até Aurora Boreal na madrugada! Em pleno verão! Assim, conseguimos visitar em um horário com menos pessoas.
O estacionamento é enorme e há lanchonete e mercadinho disponível para os visitantes.
Observação de baleias na Islândia (Husavik e Akureyri)
Um dos principais passeios pagos para fazer na Islândia é o tour de observação de baleias. As 3 cidades com maior oferta desse tipo de passeio são:
- Reykjavík
- Akureyri
- Husavik
A chance de avistar baleias (durante o verão) é de 95% em Reykjavík e 99% nas outras duas cidades, segundo os operadores locais. Nós acreditamos, pois conseguimos ver várias baleias Minke de um mirante na cidade de Akureyri, então já ficamos satisfeitos e nem pagamos o passeio 😂 (que já havíamos feito na Noruega).
Hvammstangi, a capital das focas na Islândia
Hvammstangi é a capital das focas da Islândia – uma pitoresca e pequenina cidade litorânea, ideal para um pernoite. Não avistamos nenhuma foca nas rochas que ficam nas proximidades da cidade, mas visitamos o Icelandic Seal Center, local onde dá para contratar os passeios, comprar souvenirs e obter muitas informações sobre as focas. Até o hotel em que passamos a noite tinha quadro de focas na parede, almofadas em formato de foca e a chave do quarto também tinha um chaveiro de foca. Eles levam o marketing da cidade bem a sério! 😂
Curiosidade: de tão pequena, a cidade parece mais uma vila. Andamos nas ruas e quase não passavam carros e muito menos pessoas. Descobri que a população total era de pouco mais de 500 pessoas! Isso porque é uma das maiores da região!
Westfjords – o extremo oeste da Islândia
A área menos visitada da Islândia é justamente esse pedaço onde ficam os Fiordes do Oeste, no extremo do país. A capital da região é Ísafjörður, e as principais atrações da península de Westfjords são as cidades e arredores de Bíldudalur, Holmavík, os belos Látrabjarg Cliffs, a cachoeira Dynjandi, uma caminhada por Drangajökull e a isolada reserva natural de Hornstrandir para os mais aventureiros. Como em toda Islândia, a paisagem é cênica e moldada pelos fiordes que dão nome à região.
Península de Snæfellsnes e Kirkjufell
A Península de Snaefellsnes é um dos mais incríveis lugares na Islândia. Visitamos atrações bem distintas e pegamos algumas estradinhas bem ruinzinhas, mas a paisagem faz os perrengues valerem a pena, ainda mais com o clima ensolarado e de céu azul! Vulcões e crateras, montanhas, lagos e diferentes tipos de vegetação fazem parte do passeio.
Dentre as atrações mais conhecidas da Península de Snæfellsnes estão Gerðuberg Cliffs com suas colunas de basalto e o vulcão Ytri-Raudamelskúlur, a caverna Vatnshellir e as formações rochosas de Londrangar na região de Hellnar.
Além disso, é aqui nessa região que fica o Vulcão e Glaciar Snæfellsjökull, que serviu de inspiração para o clássico “Viagem ao Centro da Terra” de Julio Verne.
Uma das atrações mais famosas e fotografadas da Islândia também fica em Snæfellsnes: a montanha Kirkjufell, que já serviu de cenário para Game of Thrones e é um dos pontos mais disputados para fotografar a Aurora Boreal. O lugar é realmente bonito, com cachoeiras e uma área montanhosa nos arredores, um passeio bem legal para fazer na Islândia. O nome – montanha da igreja – é por conta do seu formato (🤔!?).
Não há estrutura além do pequeno estacionamento, mas você encontra tudo que precisa na cidade de Grundarfjörður, a poucos minutos de carro.
Antes de conferir nossas dicas finais, assista nosso vídeo:
DICAS GERAIS DE VIAGEM À ISLÂNDIA
Viajar de carro por conta própria ou em tours em grupo? Essa pergunta eu respondo de imediato: Alugue um carro e explore a Islândia de forma independente. O país é um dos mais seguros do mundo e tem umas das mais belas paisagens do planeta. Com mais tempo e flexibilidade, a viagem fica com seu perfil e você faz seu próprio roteiro. Seja de carro ou motorhome, será uma trip inesquecível! Veja nossas dicas para a road trip perfeita em nossa matéria específica:
Caso você não saiba dirigir ou prefere as excursões em grupo, nossa dica é: escolha os tours com menos pessoas ou pague um pouco a mais por tours personalizados. A desvantagem de pegar os tours é que a maioria deles não cobre as atrações das regiões norte e extremos leste e oeste da Islândia.
Roupas para levar na mala de viagem à Islândia: Recomendamos vestir-se por camadas. Fomos no verão, mas as roupas são para frio. Leve camisetas tipo “segunda pele”, que são respiráveis e te deixam seco(a) se transpirar. A segunda camada pode ser um fleece ou casaco de pluma e por cima um casaco que seja impermeável e corta-vento. Se for no inverno, acrescente mais camadas. Leve meias de lã merino e botas de cano médio, também impermeáveis. Proteja as extremidades com luvas, gorro e cachecol. Leve protetor solar e labial, hidratante e óculos escuros.
O que comer na Islândia? A gastronomia na Islândia faz parte da viagem, por isso escrevemos uma matéria dedicada às comidas típicas do país, os produtos mais consumidos e a variedade de pratos e preços para os turistas, além é claro de dicas de restaurantes! Confira no link abaixo:
Chip de celular na Islândia: apesar da boa disponibilidade de wifi nos hotéis e restaurantes, é recomendável ter um chip celular local funcionando, principalmente se você vai se aventurar por conta própria pelo país. Os chips têm um preço justo pela qualidade do plano de dados e sinal. Em nosso caso, raros eram os lugares que ficávamos completamente sem sinal. Leia nossa matéria completa:
Apps e sites úteis para usar durante a viagem: Recomendamos que você faça o download dos apps:
- Safetravel.is e 112 para segurança pessoal e de viagem;
- Windy, para previsão do tempo;
- Apps para aurora boreal como Aurora, NorthernLights, AuroraAlerts e Aurora Forecast.
Fotografia na Islândia: Para quem adora fotografar, como nós, a Islândia é um destino dos sonhos. Oportunidade única de tirar fotos de “capa de revista”. Nossos equipamentos nesta viagem foram uma Canon T7i, um tripé e o drone Dji Mavic Pro. Para vídeos do instagram, usamos iPhone.
Caso esteja viajando para a Islândia para caçar a Aurora Boreal, leve tripé e uma máquina fotográfica com ajuste de foco manual. Celular e GoPro não são indicadas para captar imagens da Aurora.
Um caso inusitado aconteceu em nossa viagem – era um dos últimos dias da road trip e a previsão era de céu limpo. As primeiras auroras na Islândia aparecem timidamente a partir do fim de agosto. O Gustavo estava monitorando os apps de Aurora e viu que a atividade solar estava forte para aquela noite. Por volta da 1:30h da madrugada, ele colocou o tripé para fotografar o fenômeno!!!
No verão é bem raro de ver, mas já tínhamos adquirido experiência para procurar e monitorar as luzes do norte em nossa viagem para a Noruega e Finlândia, que foi focada em Aurora Boreal!
Para saber sobre as leis de uso de drones na Islândia, consulte nosso Guia “Viajar com Drone” e nossa matéria sobre uso de drones no exterior:
Meios de pagamento: usa-se pouco dinheiro em espécie na Islândia, em qualquer lugar literalmente no meio do nada você poderá pagar com seu cartão virtual no celular (NFC) ou cartão de crédito/débito. Nós trocamos um pouco de dólares americanos para ter um pouco de coroas islandesas (ISK) mas, sinceramente, não era necessário. Sejam as vagas de estacionamento nas ruas de Reykjavík ou o banheiro público(!) na praia de areia preta, tudo era pago com cartão!
Segurança: Sinceramente, não há o que temer em uma viagem à Islândia. Em um relatório produzido anualmente pelo Instituto de Economia e Paz, a Islândia ocupou a 1° posição do ranking dos países mais seguros do mundo – pela 8° vez seguida. Você pode consultar o último Global Peace Index clicando aqui.
Na Islândia, os únicos “medos” que temos são intempéries da natureza – ventos fortes, chuvas torrenciais, terremotos ou vulcões que podem entrar em erupção rapidamente. Confesso que foi um sossego viajar sem ter que esconder eletrônicos, usar doleira e ficar encanada com pickpockets.
Reserve sua hospedagem na Islândia através de nosso parceiro Booking. Nós ganhamos uma pequena comissão e você não paga nada a mais por isso! Dessa forma, estará nos ajudando a produzir mais guias de viagem completos e independentes como este! Muito obrigada!
Booking.comPara ver todas as nossas matérias da Islândia, clique aqui.
Até a próxima trip!
Oi, Erika. Tudo bem? =)
Seu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia – Natalie
Valeu Natalie! Sempre bacana ter destaque no VnV! 🥳
gostaria de uma proposta para roteiro 10 a 15 dias na islandia
Olá Eduardo, não somos agência de viagens, apenas viajantes independentes relatando experiências aqui em nosso site.
Essas atrações foram percorridas ao longo de toda rota 1, a rodovia principal da Islândia, em sentido anti-horário.
Cada viajante tem seu próprio ritmo, mas para conhecer todas as atrações listadas aqui você precisaria de ao menos 12 dias. Com 15 dá para conhecer todos e mais os extras que citamos na matéria!
Olá, tudo bem? Ótimas dicas. Uma dúvida: quando de agosto vcs foram?
Oi Pâmela, 2019!
Oi Erika, tudo bem?
Ótimo e completo post!! Adorei.
Tenho uma duvida, você julga ser perigoso fazer esse roteiro de carro no inverno? Pretendemos ir para ver a aurora e conhecer todo o país, mas tenho duvidas sobre dirigir nessas estradas e lugares aparentemente tão isolados em condições de neve. Saberia dizer se as estradas tem uma manutenção adequada? Passamos mês passado na Noruega e Finlândia e achamos as estradas ótimas pra dirigir, mesmo em dezembro. Elas ficavam realmente limpas de neve.
Obrigada!
Oi Bruna, td bem!? Obrigada pela visita ao blog!
Olha, esse roteiro da Ring Road no inverno é possível mas não recomendável.
De dezembro a março eu pessoalmente faria somente parcial, onde é certeza que as estradas serão limpas rapidamente (lugares mais proximos à Capital Reykjavik), Agora, se voce tiver muito tempo disponível e puder lidar com imprevistos de nevascas e estradas interditadas por alguns dias, é outra história!
É importante ter alguma experiência dirigindo no inverno com neve e pelo seu comentário vocês já tem, então isso é um ponto a favor. Nós tambem ja estivemos na Noruega e Finlândia nesta época e realmente as estradas são desobstruídas rapidamente, mas eu diria que na Islândia os lugares são mais remotos, e as coisas funcionam diferente.
Caso o objetivo da viagem seja ver Aurora Boreal e por isso a escolha desta época, como sugestão podem escolher outubro, quando é possível ver aurora, não estará tão frio e dificilmente as estradas vão ser bloqueadas por neve! Espero ter ajudado! Ótimas viagens a vcs em 2024!